quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SUBJUGAÇÃO.

Pelo que se constacta, não sabemos quando vamos sair desta crise e se muitos de nós menos jovens alguma vez vamos assistir ao seu fim. Uma coisa temos certa, ela vai continuar e provavelmente a avolumar-se, pelo menos enquanto se mantiver no poder uma sra que dá pelo nome de Angela Merkel, pois ela não manda só no seu País, manda também em quase todo o resto da Europa, cujo principal País beneficiário da crise é o seu. Com a sua saída de cena da UE e do seu País, acredito que, pelo menos, deixemos de ter tantas incertezas, porque a crise para os mais pobres continua sempre, desde que os povos continuem politicamente a dormir com os olhos abertos...

Luis Cardeira

O FRACASSO.

Ao que se sabe o presidente da distrital do PS J. P. Pedrosa escolheu A. Pereira, actual presidente da CMMG para candidato ao próximo mandato, cujas eleições se realizam em 2013. Ora, ao que também é sabido este presidente de câmara do PS é uma nulidade se tivermos em linha de conta as asneiradas cometidas, a realização de obra digna desse nome, as promessas feitas em campanha eleitoral não cumpridas e os comentários negativos surgidos dos mais variados quadrantes e nos diversos meios de comunicação. A cerca dum ano do fim do mandato podemos afirmar que a CMMG dirigida por A. Pereira foi um fracasso total. Serão poucos aqueles que lhe reconhecem competência e capacidade para dirigir convenientemente os destinos do concelho, excepto o sr J. P. Pedrosa uma vez que tem o seu apoio. Se efectivamente considerarmos este mandato um fracasso, porque motivo J. P. Pedrosa o escolheu??? Será que dentro do PS não haverá uma personalidade de outro nível para candidato??? Como alguém já afirmou, A. Pereira arrisca-se a ser eleito por inexistência de candidaturas de oposição à altura e porque na hora da verdade receberá votos de muitos que então o criticavam...! Ou então reconhecem-lhe virtudes que outros não conseguem vislumbrar, por muitas voltas que deem à cabeça. Direi ainda que a oposição não precisa encontrar o candidato supremo para superiorizar A. Pereira, ou então estou demasiado equivocado..

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A AGRICULTURA E OS FOGOS.



Numa análise cuidada sobre as principais causas dos fogos nas ultimas décadas em Portugal, seria um erro dissociá-las deste sector fundamental na economia de qualquer nação, a agricultura.
Nos tempos de hoje já com idade para ser avô, apesar de tudo não me considero velho. Isto para dizer que nasci numa aldeia onde a pobreza era uma evidencia, já era obrigatório andar na escola, pelo menos até à antiga 4ª classe.  Já havia alguns empregos fabris nas proximidades, mas, pela força das circunstancias, praticamente andei nas terras e pinhais, na chamada agricultura de subsistência até à idade da tropa. Esta vivencia permite-me agora fazer uma avaliação do quanto é importante o desenvolvimento da agricultura, não só em termos de colmatar as nossas actuais insuficiências em produtos agrícolas, como da criação de empregos e defesa das florestas em relação aos fogos. Como é do conhecimento geral, em determinada altura,  (anos oitenta) deu-se inicio à destruição da nossa agricultura, pescas e industria pesada, a mando de então CEE e pela mão de Cavaco Silva, 1º ministro de Portugal na altura. Dizia-se que éramos um País de turismo, a maioria do povo acreditou, agora, se queremos os mercados abastecidos de trigo, fruta, legumes, carne, peixe, etc, temos que tudo importar, com as consequências gravíssimas que pesam na nossa balança comercial. E o turismo que temos actualmente, é o mesmo ou será ainda menos?
Voltando à agricultura do meu tempo de jovem adolescente, todos os extensos vales, alguns arneiros e encostas eram cultivados, com os mais diversos produtos adequados a cada tipo de terreno e estação do ano. Era feito o desbaste e limpeza das florestas e pinhais pelos seus proprietários, cujo mato era seco, junto e transportado para as habitações, onde servia de estrumeira nos pátios e cama de conforto aos animais domésticos, posteriormente aproveitado como abudo nas diversas semeaduras, após fermentação. Oh que sabor tinham aquelas batatas, os melões, os tomates e os pepinos; aquele grão de bico, o feijão, a fruta da época, as couves, etc...e a excelente e saborosa qualidade da carne que se obtinha dos porcos, galinhas, coelhos, perus, criados com as sobras dos diversos produtos agrícolas: ora das abóboras, do milho, da farinha, dos frutos de época de cargas excessivas das árvores, das cascas da batata com que faziam as chamadas lavaduras!!! Apesar das saudades dos sabores desse tempo, não é meu desejo que voltem, porque também eram tempos muito difíceis, talvez como os de hoje, em que os mais pobres não tinham dinheiro para comprar outros produtos que necessitavam. Em contrapartida acho que devia haver bons estímulos para que pudéssemos ter uma agricultura mais moderna, mais mecanizada, em suma, mais atractiva, e ao mesmo tempo sermos auto-suficientes. Consumirmos do que é nosso, muitas vezes de superior qualidade em relação aos importados, e sobretudo criar condições para que as gentes de regiões predominantemente agrícolas não tivessem que se deslocar para outras zonas do País e do estrangeiro em busca de melhores condições de vida.     
Pelo que atrás foi dito, esta actividade pela sua natureza seria suficiente para evitar a chaga de fogos a que temos vindo a assistir nas ultimas décadas. Mais, além da limpeza e cuidado da floresta, a simples presença dos humanos no campo, seria em simultâneo a respectiva vigilância anti-fogos... As terras então cultivadas serviam naturalmente de travão a eventuais fogos.
Bem me lembro que nesse tempo em que se passava o dia inteiro no campo, o almoço era confeccionado no momento, (grelhados de peixe ou carne) fazia-se fogueira para o churrasco e não aconteciam fogos, pois, apagar bem uma fogueira era um facto não descuidado... Agora que é proibido fazer fogueiras na floresta e em campo aberto, que há coimas avultadas para quem for apanhado a fazê-las na época de verão, os fogos acontecem com muito mais frequência e de maior dimensão.
Podemos então afirmar que ao destruir-se a agricultura, com o consequente abandono e falta de limpeza da floresta, além do que atrás foi dito sobre importação de produtos, também tivemos que investir milhões em meios de combate aos fogos e em meios humanos. Com isto, além da devastação da floresta, a consequente perda de meios materiais e humanos.
Em função do exposto e sem margem para duvidas, os políticos que têm dirigido os destinos do nosso País têm sido uns incompetentes em muitas áreas, se não em todas, mas, sobretudo nesta. Além de não saberem ou não quererem administrar devidamente ainda destroem. É tempo de dizermos não a esta gente que nos tem governado nas ultimas décadas e sabermos escolher quem verdadeiramente defende o que de melhor tem a nossa nação, o seu povo, a sua terra.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O FUTURO DA HUMANIDADE.



Os povos do mundo vivem momentos de grande incerteza quanto ao futuro, sobretudo resultado da forte apropriação das grandes riquezas mundiais pelo capitalismo mais feroz alguma vez visto, com os EUA à cabeça. Esse capitalismo cruel e desumano, com sua ganancia cega pelo dinheiro e poder, mas, sobretudo para a manutenção de privilégios. Tudo destrói à sua passagem com a exp
loração desenfreada dos trabalhadores e através de guerras, directa ou indirectamente apoiadas por governos e organizações mundiais coniventes com seus interesses, apoderando-se assim das riquezas naturais tirando delas a grande fatia do lucro, com a consequente subjugação de todos os povos aos seus interesses, do ponto de vista economico e político. É a ditadura do capitalismo!!!
Este mesmo capitalismo já viveu tempos em que a sua predominância mundial era diminuta, resultado da ascensão ao poder de alguns povos em países de uma considerável zona do globo. O capitalismo recuou, ganharam os povos, o capitalismo avançou perderam os povos.
Quer se goste quer não, com os erros e com as virtudes das governações desses povos, o mundo sofreu um avanço no progresso, desenvolvimento economico e humano, alguma vez experimentado. O poder desses povos, talvez pela sua excessiva centralização, ruiu, constituindo terreno propício a nova escalada exploradora e de domínio capitalista, cuja ferocidade e cegueira, tão própria dessa classe, conduziu à crise que estamos a viver. É esta a dinâmica dessa classe exploradora que conduz os povos ao retrocesso civilizacional. Para isso têm necessidade de se apoderarem também dos principais meios de comunicação social, colocando-os ao seu serviço através de profissionais (comentadores, jornalistas) que todos os dias massivamente nos "vendem" a sua (deles) banha da cobra. Diríamos então, só acredita quem quer nas patranhas desses comentadores, mas, sendo eles letrados conhecem como ninguém as debilidades de instrução escolar e culturais dum povo, criando toda uma panóplia de propaganda sedutora que levam uma grande parte das populações mais incautas, desinteressadas e politicamente menos esclarecidas a acreditar naquilo que se verifica ser contrário aos seus próprios anseios. A isto poderia chamar de, formatação das mentes. Se relegarmos este facto ao nosso País, verificamos que em mais de trinta anos os portugueses acreditaram em puras mentiras. Haverá então alguém que ao ler estas palavras se sente melindrado, porque entretanto, ao longo destes anos foram contribuindo para a eleição daqueles que na prática estão sempre ao lado desse capitalismo, mas se sentem de pensamento autónomo e livres de influencias propagandísticas maliciosas, ou então se julgam de estatuto superior. Podemos incluir neste grupo ou estracto social muitos empresários, se não a sua grande maioria, porém, nada mais ilusório. Basta pensar um pouco sem preconceitos de classe. (É sabido haver alguns que têm plena consciência desta situação, bem hajam).
Podemos assim afirmar que o mundo está deveras perigoso, estando em causa o futuro da humanidade, se considerar-mos inclusivamente a degradação constante do meio ambiente, cuja degradação têm sempre a mão gananciosa do capitalismo.
Cabe então aos povos tomar consciência do seu papel enquanto sociedade, de que lado da barreira se devem colocar e agir colectivamente contra os malefícios devastadores desse mesmo capitalismo sem rosto e sem pátria.
Nada poderá vencer a força dum povo quando unido e determinado a dirigir livremente os seus próprios destinos sem subjugação de qualquer espécie. Só assim é possível um mundo mais fraterno, mais solidário, mais desenvolvido, sem corruptos, sem exploração, sem mentira, sem violência, onde todos tenham o direito à dignidade como seres humanos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MEDIOCRIDADE, INCOMPETÊNCIA E FALTA DE VISÃO.



Eis três adjetivos que têm dominado (falando só das ultimas décadas) a política portuguesa, tanto ao nível do poder político como em muitas empresas. E porque se verifica este fenómeno no nosso País? Pois bem, nem sempre os mais aventureiros ou empreendedores são os melhores profissionais, são porventura os convencidos aqueles que não olham a meios para atingir os fins.
Vamos então analisar a questão pelo lado do poder político, considerando as informações de que vamos tomando conhecimento.
Dos principais rostos dos políticos que têm assentado nas cadeiras do poder, são quase regra geral bem falantes, bem vestidos, bem lustrosos, alguns vaidosos, convencidos e ambiciosos do poder pelo poder, que se apresentam  endeusados,  iluminados, cuja "grandiosa" (?) obra ficará para a posteridade, mas, nem sempre serve uma nação no seu todo. Aliás, ela serve em muitos casos uma élite, tanto ao nível prático como em dividendos que daí possam advir.  Diria então que os verdadeiros profissionais, aqueles que efectivamente sabem fazer coisas, que têm o verdadeiro sentido de nobreza, falta-lhe a ousadia de se mostrarem convencidos e iluminados aos olhos do grande publico, e assim conseguirem os seus desígnios...
É assim que tem funcionado esta débil democracia. Aparece um ambicioso "ilusionista" encimado num palanque, com as camaras de TV, microfones de rádio, máquinas fotográficas e todo um exército de jornalistas formatados, qual comunicação social que ajudará à sua promoção mediática e consequentemente  ao poder. Dir-me-ão que foi através de eleições livres! Será o povo, com um nível de instrução escolar mediana, de cultura geral baixíssima assim tão livre de pensamento e decisão autónoma nas suas escolhas partidárias? A consciência politica dum povo inculto é inexistente ou dominada por grupos de interesses e caciques, levando os incautos a votar contra os seus verdadeiros e legítimos interesses...
Uma vez no poder começa o trabalho "familiar", do amiguimismo e do compadrio em geral, cujas escolhas não obedecem a factores de competência e honestidade. Temos como resultado um País (povo) saqueado por convencidos incompetentes, entretanto transformados em oportunistas e corruptos, colocando a riqueza criada pela maioria em beneficio próprio.
O que se passa ao nível do poder político, é também, em muitíssimos casos, prática corrente nalgumas empresas privadas. Quantos são aqueles cuja competência no desempenho da sua função é apenas reconhecida no segredo dos gabinetes, mas falta-lhe o jeito para passar o lustro... Quando se trata de promover ou ocupar lugares vagos nos seus quadros, há sempre alguém que, mesmo não possuindo conhecimentos ou não mostre capacidade para tal, basta-lhe ser esperto, gravitar, mostrar-se convencido ou ter o que se costuma designar por "padrinho". Em suma, neste País, tanto ao nível do poder político como nalgumas empresas, permeia-se a mediocridade, a incompetência e o chico-espertismo em detrimento da sabedoria, da inteligencia e da humildade. Os resultados que daí advêm são bem conhecidos!!!

Luis Cardeira

SER DEMOCRATA.




Ser democrata é ter bons princípios,

é respeitar o seu semelhante.
Ser democrata é ser generoso,
é pensar nos outros antes de si próprio.
Ser democrata é saber escutar,
para saber responder e decidir.
Ser democrata é ser "maior",
é ser nobre, inteligente. 
Ser democrata é ser humilde,
não subserviente.
Ser democrata é ser inconformado,
é não aceitar imposições ilógicas.
Ser democrata é ser defensor das liberdades fundamentais, não uma liberdade qualquer...
Ser democrata é ser revolucionário, é ter um coração do tamanho do mundo.
Meus amigos, às vezes não é fácil ser democrata...!!!

Um verdadeiro democrata não é só aquele que apregoa democracia, é aquele que a pratica...
A DEMOCRACIA, A LIBERDADE, OS EMPRESÁRIOS E O CAPITALISMO.

Primeiro que tudo distinguir empresários de capitalismo. Os empresários são indivíduos empreendedores que arriscam e hipotecam muitas vezes os seus bens pessoais com vista à produção de bens e serviços, enquanto que o capitalismo se dedica apenas a actividades financeiras altamente lucrativas, especulativas, com risco diminuto ou mesmo se
m qualquer risco, criando aquilo que todos conhecemos como monopólios.
Falemos então de pequenos e médios empresários. É verdade que muitos destes empresários têm o preconceito de que também eles são capitalistas, como tal, pensam fazer parte duma elite... Em meu entender, nada mais ilusório. Senão vejamos, e situe-mo-nos no pós 25 de Abril de 74 onde as grandes empresas nacionais (monopólios naturais) foram nacionalizadas. Mal ou bem foi a partir daqui que proliferaram as pequenas e médias empresas, cujas, permitiram algum desenvolvimento económico do País, alguma prosperidade social e respectiva criação de emprego. Então, porquê este desenvolvimento só a partir desta data e não doutra? Por muito que custe a muita gente aceitar esta realidade, ela é um facto inquestionável. Os governos de então, maus ou bons, chamaram ao estado (nacionalizações) estes sectores chave ou alavancas da economia nacional (altamente lucrativas) e, mal ou bem, colocaram-nos ao serviço do desenvolvimento nacional com o fornecimento de bens e serviços com preços mais reduzidos, dos quais também as pequenas e médias empresas se alimentam. Além disso, os altos lucros das grandes empresas (monopólio) serviam também para financiar sectores sociais da vida nacional que não são por natureza lucrativos: saúde, educação e obras publicas, (hospitais, centros de saúde, escolas, estradas, pontes, etc, etc... Que acontece agora com essas grandes empresas, após privatizadas, que nos fornecem bens e serviços, cobram por preços escandalosos nunca antes imagináveis, cujos revertem exclusivamente a favor de meia dúzia de capitalistas especuladores, que não investem um cêntimo na produção de bens, não criam empregos, e, o mais provável é que grande parte desse capital seja canalizado para os paraísos fiscais fora e dentro do nosso País.
Todos os governos que se seguiram às eleições de 1976 foram entregando aos privados essas grandes empresas com o argumento ilusório de que ia haver mais concorrência, e que daí advinham preços mais reduzidos para os consumidores, nada mais falso...! Se quisermos ser realistas, porque a análise não é difícil de fazer, verificamos que, com as privatizações temos a electricidade, o gás, os combustíveis, as comunicações e outros, a preços devastadores que levam muitas pequenas e médias empresas (muito dependentes destes factores) à falência precoce, para não falar das enormes dificuldades dos consumidores em geral, com baixas pensões, baixos salários, desempregados, etc, etc...
Já repararam, aqueles que possuem conta bancária (excluindo contas de gente abastada) onde recebem o seu salário, onde são descontadas as prestações da casa, do carro e outras, o dinheiro que é extorquido em comissões e despesas,( sabe-se lá de quê) muitas vezes quando se dá por isso está a conta negativa e, lá entram na conta a negativo mais uns vinte ou trinta euros. Já afirmei há 4/5 anos que este País estava a saque, diria melhor, é o povo português que está a ser saqueado...!!! Este é o preço pago por esta democracia e liberdade capitalistas, que têm tido como coniventes e apoiantes todos os governos de 1976 a esta parte, cujas vitimas são todo o povo, incluindo os pequenos e médios empresários.
Seria bom que esta classe empresarial tomasse consciência desta realidade e não elegesse, como muitos fazem, os trabalhadores como seus inimigos.

A DEMOCRACIA NAS EMPRESAS...




As empresas têm proprietários, sócios ou acionistas, caso se trate de empresas em nome, colectivo, anonimas e individuais.
É certo e sabido que quem manda nas empresas e toma decisões são os seus proprietários ou respectivas administrações em primeiro lugar, consultando eventualmente alguns dos seus colaboradores mais próximos. 
Também é sabido que para as empresas pr
oduzirem precisam de trabalhadores, muitos, poucos, ou nenhuns, dependendo da sua dimensão. (há casos em que os colaboradores são apenas os sócios)
Dito isto e falando nas empresas que colocam trabalhadores ao seu serviço, estes vão apenas desempenhar uma função que lhes é incumbida e ensinada, com ou sem formação especifica, onde cada um deles se revela com mais ou menos capacidade e interesse no desempenho da sua função.
As diretivas e as ordens são sempre emanadas dos seus quadros superiores, passando pelos intermédios até chegar ao trabalhador que vai executar essas ordens. Este por sua vez vai confrontar-se muitas vezes com situações inesperadas. É aqui que entra em ação a capacidade e a inteligencia do funcionário, capaz ou não de resolver com eficácia os problemas que lhe surgem. Muitas vezes a resolução dos problemas relaciona-se com a liberdade do trabalhador em ir mais além do que lhe foi incumbido. Quando se encontra refém de limitações impostas, outra solução não tem, que recorrer aos seus superiores para a solução do problema, o qual, por vezes o trabalhador tem bem identificado sabendo até com segurança a forma de o resolver. É aqui que pode entrar a democracia nas empresas. Poucos casos haverá em que o trabalhador tenha a liberdade de ir mais além das ordens recebidas, muito menos o pedido duma sugestão. Ora, por muito que saibamos numa determinada profissão, nunca sabemos tudo, o percurso duma vida profissional é uma aprendizagem constante. De salientar que, se um trabalhador tiver alguma liberdade para ir mais além do estabelecido, pode resolver um problema sem que tenha de recorrer a um seu superior, poupando tempo a este e, diminuindo o tempo de resolução.
Impõem-se a seguinte pergunta, quanto não terá a ganhar uma empresa que, sem preconceitos de estatuto, convida o seus trabalhadores a sugerir opiniões sobre o funcionamento e a forma organizativa de cada função? Estou plenamente convicto que todos tinham a ganhar, empregador e empregado, na organização, rapidez e eficácia, no desempenho de cada função.
Infelizmente não é isto que se passa na grande maioria das empresas portuguesas, por falta de alguma humildade intelectual e porque "eu é que sei e não admito que alguém aqui dentro saiba mais que eu, pago para trabalhar não para dar opiniões..."
É sabido que em muitas empresas da Europa existe esta abertura democrática aos empregados, também é sabido que dum modo geral as empresas europeias produzem com mais eficácia, são mais produtivas e com melhor qualidade que as portuguesas. (Salvaguardando as devidas excepções) Realçar o facto dos quadros intermédios de muitos países europeus terem melhor formação e outra mentalidade de acção prática de que os portugueses carecem, também este facto faz a diferença.
Por isso srs empresários, dispam-se de preconceitos, estimulem os vossos trabalhadores a participar em assuntos que porventura os ultrapassem, eles sentir-se-ão mais valorizados, empenhar-se-ão mais e melhor, provavelmente não cobram mais por isso, e, aumentarão os vossos lucros e prestigio da empresa.

REFLEXÃO SOBRE DEMOCRACIA E LIBERDADE.



Muito se discute sobre estes dois conceitos, sendo poucos aqueles que não se arrogam de democratas e defensores da liberdade. 
Em boa análise podemos dizer que democracia e liberdade não são dissociáveis, porém, haverá neles alguma subjectividade. Subjectividade porquê, se vivemos numa democracia tipo a nossa (ocidental) a democracia é uma miragem, exceptuan
do um acto eleitoral (e se analisar-mos este facto cientificamente, verificamos que a liberdade de escolha está em muitos casos condicionada pela força dos órgãos de comunicação social dominantes e por personagens locais (caciques) que exercem influencias num determinado sentido sobre os cidadãos, cujo grau de instrução escolar e cultural é diminuto ou inexistente, sendo que, as suas mentes são facilmente formatadas, levando-as a votar em sentido contrário aos seus verdadeiros interesses) ou o simples facto de podermos dizer que este ou aquele 1º ministro ou P. da Republica é mau. Assim, se procuramos um emprego, tratamos dum assunto numa repartição publica, etc, e somos conhecidos como simpatizantes dum determinado quadrante político, sujeita-mo-nos a ir porta fora no dia seguinte ou ser-mos tratados no atendimento de forma menosprezada. Neste tipo de democracia impera a lei do mais forte, ou seja, a lei do capitalismo, em que a restante sociedade e a democracia em si fica altamente condicionada pela força da economia dominada por meia dúzia de indivíduos que se apropriam dos principais sectores económicos duma sociedade, com a conivência e apoio dos governos que lhe são afectos. Isto não é democracia em meu entender, e, naturalmente no entender de pessoas simples e honestas que vêem no seu semelhante um ser com iguais necessidades, direitos e deveres. Portanto, neste aspecto a democracia e a liberdade individual estão inquinadas.

Numa ditadura haverá quem defenda a sua própria liberdade de exercer domínio absoluto sobre o seu semelhante, submetendo-o a vida dum povo a toda a espécie de interesses, privando-o das liberdades fundamentais. Se mencionar-mos os seres corruptos, os parasitas, os vigaristas, os políticos que usam e abusam da mentira sistemática para levar o ser humano mais simples e politicamente menos prevenido a cair nas suas teias de interesses obscuros. Aqui, a liberdade duns tantos choca com a liberdade da maioria.
Se analisar-mos os dois conceitos numa sociedade de cariz verdadeiramente socialista, encontramos sempre alguém que se sente privado de liberdade: a liberdade de explorar os outros a seu belo prazer, enriquecendo à custa do seu trabalho, cuja riqueza reverte exclusivamente em beneficio pessoal, a liberdade de corromper, de parasitar, de vigarizar, de mentir, etc, etc... Daqui decorre a concentração de riqueza muitas vezes esbanjada em altos luxos, enquanto a maioria laboriosa carece do básico à sua sobrevivência e do direito à felicidade.
Diria então, nem todos os elementos duma sociedade têm direito às liberdades fundamentais, (as suas) quando elas chocam com a verdadeira liberdade e democracia a que legitimamente um povo tem direito.

EXCERTOS DUMA ENTREVISTA.

Sobre a entrevista do sr vereador do PSD na CMMG ao JMG da passada semana:
À pergunta "que balanço faz dos 3 anos enquanto vereador na CMMG?" responde, "Os munícipes é que me poderão julgar mas penso que tenho, ao longo destes três difíceis anos tentado manter-me acima de interesses partidários, procurando a defesa dos interesses da Marinha Grande e suas freguesias. Mesmo quando muitos acham que deveria vetar algumas medidas, entendo que a Marinha Grande, se já está paralisada, qualquer força de bloqueio poderia ser a desculpa que o PS deseja para dizer que não conseguiu cumprir o que prometeu."
Mais à frente, "A minha preocupação neste momento é, se as condições o permitirem, exercer o mandato para que fui eleito com honestidade, responsabilidade, coerência e nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade humana até ao fim. 
Quero contribuir para o desenvolvimento do concelho e denunciar sempre, em qualquer circunstancia:
-A má gestão ou gastos de dinheiros públicos, dinheiros de todos nós, que não se traduzam em mais-valia para o bem-estar das nossas populações, de forma geral e abstrata;"

De facto, são palavras bonitas de encher a alma...! Mas não chega porque de palavras bonitas estão os portugueses cheios, mas também cheios de problemas para os quais não contribuíram, se exceptuar-mos os votos expressos nos diversos partidos políticos...
Deduzo pelo que foi aqui afirmado pelo sr vereador, que tem aprovado medidas contra os seus próprios princípios com o simples argumento de não bloquear as medidas da maioria PS, para que este não se desculpe que não conseguiu cumprir o que prometeu. É efetivamente um bom argumento para aprovar aquilo que, no fundo concorda. Se a maioria PS resolvesse deitar a cidade ao mar também aprovaria??? 
Gostaria saber o que o sr vereador entende por interesses da Mª Grande e suas freguesias, ou melhor, a quem se destinariam esses interesses??? Sim, porque uma cidade sem pessoas não existe.
Exercer o mandato com honestidade, responsabilidade e coerência e nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade humana. Não ponho em causa estes princípios, à excepção da coerência: então, aprovar aumentos brutais das taxas de água saneamento e outras, aprovar a instalação de parquímetros, em grande parte desnecessários como se veio a verificar, onde não se verifica uma obra digna desse nome que sirva a maioria da população, é nunca esquecer as pessoas e a sua dignidade, num momento tão difícil ??? 
Tem havido criticas publicas de despesas que não se sabe a quem servem, a começar pelos ditos parquímetros, quando há muitas de necessidade mais urgente e que mais favorecem a população, e nunca ouvi do sr vereador qualquer denuncia pública???
Sr vereador, em que ficamos?
Afirma também que a Mª Grande está paralisada, e quem também tem a sua cota parte de responsabilidades dessa paralisação...???
É sabido que, em função duma gestão tão fraca como antes nunca visto, desta CMMG, o sr vereador tem vindo teoricamente aos poucos a mostrar publicamente o seu afastamento desta gestão, da qual o sr tem muita responsabilidade. Veja no que dá ser incoerente, entre o que se diz e o que na prática se faz...?
Nem toda a população anda atenta ao que se vai passando nos corredores da autarquia, mas nem todos se alheiam...!!!