segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O SER HUMANO E A BELEZA

Vou aqui lançar uma provocaçãozinha às mulheres, extensiva aos homens. Digo primeiro às mulheres por achar que elas são exteriormente um pouquinho mais vaidosas que os homens. 
Não será alheio a quem dá alguma atenção ao que o rodeia, neste caso a actual geração feminina que se situa entre os 30 e 60 anos de idade, elegante e exteriormente bem "produzida", enchendo o olho de cobiça aos homens e mulheres menos distraídos. Isto, sem menosprezo pelos grupos etários fora do escalão enunciado. 
Como a vida não se faz apenas de aparência, cabe aqui perguntar se esta geração feminina, (e masculina também) cuida ou cultiva do mesmo modo a sua beleza interior? Pessoalmente considero que estes dois factores conjugados tornam de facto o ser humano belo, mas, a inexistência dum deles, creio, desequilibra mais que o outro. Do meu ponto de vista (cidadão comum) a beleza exterior é aquela que mais encanta ao primeiro olhar, mas, se a outra falta, esta desvanece-se um pouco. Ao invés, a beleza interior só será descoberta com conhecimento e conversação, mas é delas a mais consistente, acabando por dar relevo à exterior.
E qual das belezas cada um de nós mais cultiva, qual delas acha mais importante para si, para a sua vida familiar, profissional e social???

(Não se pretende com este texto melindrar a sensibilidade de alguém, pretende-se apenas trazer à reflexão e discussão de quem tenha opinião sobre o tema. Vá mulheres, vocês costumam ser mais ousadas nestas coisas, dêem a vossa opinião no sentido de retirar algo valioso para o nosso conhecimento.)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

OS NOVOS MEDOS


No tempo da ditadura salazarista vivia-se o medo da PIDE. Actualmente o povo português está a viver sob outros medos, não menos traumatizantes e inibidores de qualquer acção dinâmica, construtora e criadora de riqueza social, cujos medos levam grande parte das pessoas, (muitos empresários incluídos) a uma submissão confrangedora em relação a um poder político/económico autoritário, saqueador, destruidor e tirano. Não se lhe chama censura, mas, nem por isso deixa de ser uma forma subtil de repressão.
Esse medo agora espalhado de que somos obrigados a pedir o talão do consumo dum café, sob pena de nos sujeitar-mos a coimas pesadíssimas, é um exemplo, e aberrante!
Já nem fá-lo do medo de ficar sem emprego, o medo da redução do salário, mais o estonteante aumento de impostos; o medo do saque aos 13º e 14º mês, da redução das já baixas pensões; (as milionárias continuam impunes) o medo de ficar sem casa, não ter dinheiro para as taxas moderadoras, para os medicamentos; o medo de não poder alimentar-se e aos filhos; em suma, o medo do futuro. 
Estes medos trazem às pessoas todos os tipos de doença, a produtividade baixa nos seus postos de trabalho, andam comprimidas dentro de si mesmas, deprimidas e desorientadas, infelizes; sem capacidade de imaginação, criação, inovação. Este é o terreno político propicio ao domínio e à subjugação do poder sobre um povo. O poder político/económico/financeiro conhece e sabe bem que, com mentes assim formatadas é mais fácil a sua permanência à frente dos destinos da nação. Os novos medos tornam-nos complacentes com este poder, ficamos como uma espécie de rebanho controlado por uma matilha de cães ao serviço do dono. Simplesmente uma sociedade zomby!...
Como perder estes medos? Soltar um grito de revolta, indignar-se, inquietar-se, mostrar os dentes e morder se preciso for. O inimigo tem cu!!!...  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A PEQUENEZ DUM POVO BOM


Pretende-se com este texto produzir uma auto-critica aos portugueses. Digo (auto) porque neles me incluo.
Esta é uma matéria certamente já estudada por muitos especialistas, embora com pontos de vista e nuances diferenciadas.
Parece haver poucas ou nenhumas dúvidas de que somos efectivamente um povo de mentalidade menor, atributo que se aplica a todas as escalas sociais. Basta circular pelas redes sociais, sobretudo em grupos de carácter local, para nos aperceber-mos desta característica portuguesa.
A um acontecimento de carácter nacional que, pela sua natureza abrange toda a sociedade, são poucos, às vezes nenhuns, aqueles que apresentam a sua opinião e a expõem. Quando surge um acontecimento de carácter pessoal ou local, do mais banal já visto, não faltam opiniões ou comentários, também eles banais, que enchem paginas inteiras.
Desconheço se a venda de jornais em Portugal é proporcional ao numero de habitantes e se essa taxa está longe, próxima ou igual à de outros países da UE. Ouve-se, quando em eventos relacionados com livros, que a venda destes é baixa. Por outro lado, quando olhamos as bancas dos quiosques e das papelarias, vemos uma vasta colecção das chamadas revistas "cor-de-rosa", que, pouco mais tratam do que da bisbilhotice da vida de pessoas, muitas delas ninguém sabe o que fazem na vida. Se estas revistas aparecem em enorme quantidade é porque há clientes para elas. Havendo também grandes bancadas de livros, mas, neste caso os clientes são menos e mais restritos. Já nem se fala nas lojas de telemóveis, essas quase sempre têm filas de clientes... Ao nível social mais elevado temos como exemplo ainda recente a exportação do nosso delicioso pastel de nata. Se atentar-mos nas diversas declarações do primeiro ministro, do ministro das finanças e de anteriores personalidades que desempenharam estas funções; de banqueiros e comentadores, também aqui encontramos muita pequenez. A pequenez da mentira constante para justificar aquilo que nem eles próprios acreditam, a pequenez de quem quer ocupar um lugar de grande destaque nacional sem ter a noção real da sua competência para tal. (Neste caso é aberrante, não só a forma ilusória, e atentatória dos valores humanos, das suas iniciativas políticas, tentando impo-las dissimuladamente aos cidadãos, como se fossem a coisa mais bela do mundo ou porque é uma opção "imprescindível" ao País.)
A pequenez dum banqueiro que se dá ao luxo de insultar com palavras um povo entorpecido e sacrificado, a pequenez dum banqueiro que, com ar ingénuo, diz que se esqueceu de pagar uns tantos milhões de euros em impostos às finanças publicas, a pequenez de muitos comentadores que debitam umas loas para uns consumirem e alguns aplaudirem em silencio...
É este o povo que somos, traídos, roubados, espoliados e insultados. Continuamos "alegremente" com nossos salários, pensões e outros direitos sociais cada vez mais pequeninos, e ao mesmo tempo continuando a engrandecer e transportar aos ombros, como burros de carga resignados, os nossos traidores, ladrões e espoliadores.
É este o povo que somos, sem cultura, logo, sem identidade, sem noção do "eu", daí, também a nossa pequenez.

(ao lerem este texto, haverá pessoas que, conscientemente não se revêem nele, outros porém, revêem-se mas não se assumirão. Pretende-se apenas contribuir para abrir as mentes mais adormecidas de modo a que elas próprias se questionem de qual o nosso papel neste mundo humanamente selvático, onde uns cavalgam o reino dos predadores e muitos se continuam obedientemente a pôr a "jeito"...)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

OS RECLUSOS E A SOCIEDADE, QUE DIREITOS?


Às vezes sabe-se com cada coisa e não querem então que nos indignemos...só quem for desprovido de senso humano não se revolta com situações destas...!
Sem certezas porque nunca entrei em nenhuma prisão, mas fala-se por aí que os reclusos têm uma vida melhor que a de padre, como se costuma dizer. 
-Comida e roupa lavada
-Televisão 
-Não são obrigados a trabalhar
-Levantam-se à hora que querem e se alguém aparece mais cedo que o seu sono para tratar assuntos do seu interesse, ainda respondem, "oh sr fulano/a vem acordar-me a esta hora?"... (09h da manhã)
Muitas outras comodidades não lhe faltam, mas esta que soube hoje indignou-me seriamente, não por achar que não tenham direito a tratar dos dentes, mas porque têm dentista com regularidade pago pelo sistema (nossos impostos). 
A pergunta que se coloca é a seguinte:  quem trabalha honestamente, paga impostos, respeita as normas da sociedade, quando precisa dum dentista não lhe resta alternativa senão recorrer a dentistas privados para o total tratamento dos seus dentes e pagar do seu bolso. Os reclusos, que cometeram delito, vivem totalmente à custa da sociedade, (embora dentro de grades) dispõem de boas comodidades e ainda por cima têm dentista à borla.
É caso para milhares de pessoas e famílias, actualmente em extremas dificuldades de sobrevivência, pensarem que é melhor cometerem um qualquer delito, desta forma ser-lhes-ão garantidas melhores condições que aquelas que têm em sua casa... Mas há quem exclame: "perdem a liberdade"... então pergunta-se, e que liberdade têm essas pessoas em sua casa se não têm o mínimo para se alimentarem e fazerem face às despesas de bens essenciais. Outros ainda argumentam,"pelo menos têm as ruas para passear..." volta-se a perguntar, que liberdade o ser humano pode usufruir nas ruas com a barriga vazia?  Nada mais lógico, faltam-lhe forças para passear...!!!